À Comunidade,
As medidas visando à redução do consumo de energia elétrica da UFBA implementadas pela Reitoria ao longo do ano tiveram resultados positivos, conforme aponta um estudo realizado pela administração central.
A análise das faturas de energia da UFBA ao longo do ano permite afirmar que as duas portarias editadas pela Reitoria - a 082, de 26 de junho, que restringiu o horário do expediente para o período das 7h30 às 13h30 no recesso entre os semestres letivos; e a 124, de 24 de setembro, prevendo uma série de ações de contenção de despesas, entre elas o desligamento de aparelhos de ar condicionado - permitiram à Universidade alcançar reduções significativas de consumo, contando com o forte engajamento de unidades e órgãos. A redução alcançada equivale a aproximadamente um mês da despesa da Universidade com energia elétrica.
Elaborado pelas pelas pró-reitorias de Planejamento e Orçamento (Proplan) e de Administração (Proad) e pela Superintendência de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sumai), o estudo verificou que houve redução de 18,2% do consumo de energia da UFBA na comparação do período janeiro-junho com o período julho-outubro, economia que pode ser atribuída às medidas estabelecidas pelas duas portarias, que tiveram efeitos complementares, e à participação dos dirigentes e de toda a comunidade universitária.
Efeito da portaria 082, a redução alcançada no recesso do mês de julho foi de 25%, na comparação com a média do consumo entre janeiro e junho – patamar que praticamente se manteve em agosto. Pode-se notar que a curva descendente (em azul) do consumo de energia da UFBA começa, de fato, já no mês de maio, provavelmente como resultado da adesão espontânea da comunidade à mensagem do reitor João Carlos Salles de que era necessário reduzir as despesas já naquele momento, "não para cortar 'gordura', que nunca houve, mas para ajudar a Universidade a resistir a um dos mais graves ataques que seu orçamento já sofreu", como salienta o pró-reitor de Planejamento e Orçamento, Eduardo Mota. Além de ter seu orçamento defasado sucessivamente ao longo dos últimos cinco anos, as universidades federais enfrentaram, a partir de abril, um bloqueio de 30% de seu orçamento que só foi totalmente desfeito neste mês.
A portaria 124, editada no final de setembro com o aval do Conselho Universitário, prevendo uma série de medidas visando a adequar as despesas da Universidade a um orçamento defasado e sem previsão de expansão em 2020, também tem tido bons resultados – em que pese o desconforto imposto à comunidade, evidentemente prejudicada no pleno exercício de suas atividades. A curva em azul indica que, além de ter ficado bem abaixo do registrado no ano passado, o consumo de energia no mês de outubro não subiu tanto quanto era de se esperar, dada a natural elevação da temperatura média em Salvador nesse período do ano.
Convém observar que o crescimento contínuo do consumo de energia registrado entre janeiro e abril, como mostra a linha em azul, explica-se pela ampliação da quantidade de salas climatizadas na Universidade resultante da otimização do contrato de climatização da instituição – processo refreado após o anúncio do bloqueio orçamentário, o que implicou em prejuízo à qualidade dos ambientes de trabalho na Universidade.
É importante salientar que as unidades universitárias, que respondem por 38,7% da energia elétrica consumida pela UFBA de janeiro a outubro, apresentaram reduções quase sempre superiores aos 20% cada, chegando a superar os 50% em alguns casos, resultado do esforço dos dirigentes e suas respectivas comunidades.
O sucesso das medidas de redução de consumo de energia deverá embasar a edição de uma nova portaria nessa direção, no recesso que se aproxima, a ser oportunamente anunciada.
Fonte: Portal da UFBA, para ver a matéria original, clique aqui.